sábado, 28 de julho de 2018
Teoria da Conspiração: Ritual gnóstico?
É necessário observar algumas divergências dentro da escola tradicionalista.
Julius Evola foi definido pelo Sedgwick como um tradicionalista-político. O que ele fez foi uma inversão das idéias tradicionalistas fundadas por René Guénon e Ananda Coomaraswamy.
Os tradicionalistas "tradicionais" rejeitam radicalmente o mundo moderno, e colocam a contemplação como mais importante que a ação. Por isso eles rejeitam por completo a atividade política.
Evola rejeita essa posição e coloca a contemplação como suboordinada a ação, e acaba desenvolvendo a ideia do tradicionalismo dentro do fascismo, que foi definido por Sedwick como "tradicionalismo-político".
Uma das conseqüências dessa inversão é a rejeição da "tradição primordial", que seria a origem de todas as tradições verdadeiras transmitidas por rituais de iniciação.
Essa "tradição primordial" seria transmitida por rituais de iniciação por um sacerdote. Guénon também definiu a contra-iniciação como necessariamente ritualística. A contra-iniciação seria uma iniciação que levaria a pessoa para uma posição mais distante da tradição primordial, isso é acreditar que o mundo é controlado por causas materiais.
Evola definiu a possibilidade da auto-iniciação.
Existe a possibilidade das "Teorias Conspiratórias" serem utilizadas como rituais de contra-iniciação. As principais teorias conspiratórias sempre levam em consideração que as causas materiais é que controlam e essas são manipuladas pelo mau. É uma contra-iniciação as causas ocultas do mundo atual.
Cristãos que aderem a teorias conspiratórias como a teoria maçom-sionista, correm o risco de cair em gnose e praticar o cristianismo como mero exoterismo.
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